Fortnite: pai defende Zenon e vê inveja no cenário: “Ele quer brincar” – globoesporte.com

A polêmica envolvendo Zenon, revelação brasileira do Fortnite de apenas nove anos, dominou o cenário de esporte eletrônico no início desta semana. A reação do garoto, que chorou nos braços do pai após receber uma punição de 1460 dias no Battle Royale, comoveu muita gente, dentro e fora do Brasil, e foi motivo de reações até mesmo de Tyler “Ninja”, um dos maiores streamers do mundo.

Produtora do Fortnite, a Epic Games rapidamente esclareceu a situação: Zenon foi suspenso por um período tão grande porque esse era justamente o número de dias até que ele completasse 13 anos – idade mínima para competir no game. Tratava-se de uma forma não ideal do sistema do próprio jogo. Ele estará liberado para jogar no modo Arena, sem restrições, na próxima atualização.

Rodrigo Vitor da Fonseca, pai de Zenon, que na “vida real” se chama Vitor Hugo, disse que não sabia que menores de 13 anos estavam proibidos de disputar campeonatos online. Acreditava que a regra valia somente para o presencial. Atribui as denúncias à inveja de outros concorrentes que viram o crescimento do filho no cenário, mesmo com idade tão reduzida.

– Eu desconhecia essa informação. Sabia dos presenciais, virtuais eu não sabia. Isso me pegou muito de surpresa. Até então aceitei numa boa. O problema é a arena, a ranqueada. Isso não tem motivo nenhum pra ele. Não tem diferença jogar Solo e Arena, é a mesma coisa, Não envolve dinheiro, não envolve nada. Abro mão de qualquer premiação só pra deixar ele jogar. Ele ficou na posição 34? Cancela, e o 35 vai pro lugar dele (…) Ele quer brincar, só quer jogar mesmo – afirmou, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com.

– As pessoas não aceitam que ele chegou nesse patamar apenas com nove anos. Mais de duas mil pessoas assistem a ele jogar na Twitch, tem muitos seguidores. As pessoas não aceitam que não conseguiram chegar aonde ele chego e acabam denunciando ele por causa disso – completou.

O pai confessa que também ficou à beira das lágrimas com a reação de Zenon. Inclusive, iniciou a campanha com hashtag “#FreeZenon” sem grandes pretensões e ficou surpreso com o tamanho da repercussão. Dois dos maiores youtubers do Brasil, Felipe Neto e Whindersson Nunes se engajaram à causa para ajudar que o garoto pudesse retornar ao game.

– Acabou comigo, cara. Eu só não chorei na hora pois deixaria ele pior. Minha vontade era chorar junto com ele. Ver seu filho chorando, tendo o sonho dele destruído, cara… Acaba com qualquer pai. É igual você chegar pro Neymar, na época que estava no Santos, e falar que ele não poderia mais jogar. Acabou sua carreira. Foi isso que aconteceu com ele. Foi o que ele sentiu ali – comparou.

Desenvolto no jogo, mas tímido para entrevistas, Zenon trocou poucas palavras com a reportagem. Disse que gostou muito de receber o apoio de tantas pessoas e que ficou mais tranquilo ao conversar com o pai. Aliviado, espera continuar sua trajetória com o Fortnite, game que atrai tantas crianças e que consagrou jovens como Thiago “k1ng” – argentino que foi quinto colocado na Copa do Mundo do game, no ano passado, e viralizou ao também chorar nos braços do pai após garantir uma premiação de US$ 900 mil.

Zenon, astro do Forntite — Foto: Divulgação/DETONA Gaming

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