Se você é um pouco mais velho, deve se lembrar da série de TV “A Voice in the Night”, do início dos anos 90, onde um ex-policial, após um acidente, acabou se tornando um apresentador de talk show noturno em uma estação de rádio de São Francisco. De certa forma, Killer Frequency me lembra um pouco aquela série de TV.
Killer Frequency é uma aventura de terror em primeira pessoa ambientada na década de 1980 na pequena estação de rádio KFAM na pacata cidade de Gallows Creek. Você assume o papel do DJ de rádio Forrest Nash, que foi demitido de seu trabalho de rádio na cidade grande e agora é DJ e apresentador de rádio no talk show “The Scream”, que é exibido todas as noites na pequena cidade no meio do nada.
Nesta noite em particular, no entanto, há um assassino à solta na pequena cidade e a noite se transforma no turno noturno mais selvagem de Forrest Nash. Quando o xerife da cidade morre misteriosamente e ninguém na delegacia atende o telefone, as vítimas do assassino ligam para o rádio pedindo ajuda para escapar de The Whistling Man. Junto com seu produtor, agora você deve encontrar pistas em suas chamadas e explorar a estação de rádio quase apagada para descobrir como ajudar os chamadores desesperados.
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Um exemplo, tirado desde o início do jogo, pode ser descobrir como ligar um carro sem as chaves, já que uma vítima se trancou em um carro e o assassino agora está a caminho de lá. Você encontra pistas indo até a mesa onde os apresentadores do programa de carros da emissora se sentam e analisam sua papelada pensando que devem saber quais fios curto-circuito para fazer um carro arrancar. Diga ao ouvinte para cortar os fios errados e o carro começará a buzinar alto ou tocar música alta, revelando onde eles estão escondidos.
Toda a ação acontece por meio de telefonemas e diálogos com os interlocutores. Estes vão desde vítimas reais, ao dono da pizzaria local que vê a oportunidade de alguma publicidade gratuita, aos adolescentes locais fingindo ser The Whistling Man.
É um conceito bem diferente do que eu imaginava. É um jogo muito pesado em diálogos, porque por natureza há muita conversa, então você tem que estar preparado para isso. As tarefas de ajudar as vítimas são bastante variadas, mas às vezes pode ser um pouco difícil descobrir como ajudá-las. Você tem que encontrar as pistas certas, caso contrário, pode ser muito complicado.
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Os gráficos são muito bons para um jogo indie desse tipo e a trilha sonora é muito boa. Para um jogo onde o diálogo é tão importante, eles escolheram alguns dubladores muito bons que fazem um excelente trabalho, e os discos que você pode tocar no rádio dão uma vibe legal dos anos 80 para a coisa toda. A versão para PC pode ser jogada em VR com Oculus Quest 2, enquanto o PlayStation VR não é suportado.
Em suma, Killer Frequency é um bom joguinho de aventura que joguei principalmente por curtos períodos de tempo. Há muita conversa – um pouco demais às vezes, mas de repente você recebe uma ligação e tem que resolver uma tarefa de maneiras bastante criativas.
Se você gosta de jogos de aventura e quebra-cabeças onde quer usar um pouco os pequenos cinzas, Killer Frequency é uma versão agradável e um pouco diferente de um jogo desse gênero. Mas não é um jogo para todos.